Professor de matemática do Colégio Estadual Vicente Jannuzzi desde 2015, Marcos Araújo propôs no ano seguinte à sua chegada um projeto no qual fosse possível a inserção da disciplina dentro de jogos. O resultado foi além. A partir da ideia dele e de outro professor de levar tabuleiros de xadrez para os alunos, o que se viu foi o fortalecimento de habilidades importantes para serem usadas em todas as matérias, como tomada de decisão e pensamento estratégico. Diante do interesse dos estudantes — eles começaram a fazer filas para jogar — foi sugerida a organização de um campeonato.
— Como já era fim de ano, organizei a competição para 2017. Cada etapa é realizada num bimestre, e o campeão desta tem a chance de jogar a final no xadrez humano, que é disputado em dupla. A ideia nasceu na coordenação, para ser algo diferente para fechar o projeto — explica Araújo.
Para a final, o tabuleiro ganhou uma versão grande no pátio do colégio. As peças são os próprios alunos, e as jogadas são coordenadas por quatro estudantes, dois de cada time. Como a escola é de ensino médio, a partir dos 14 anos os jovens começam a ter contato com o jogo.
— O xadrez ajuda os alunos de várias maneiras. O jogo ensina sobre ação e consequência, e isso pode ser levado para a vida deles. Tem ainda o raciocínio lógico, a tomada de decisão, concentração, resolução de problemas, pensamento estratégico e o trabalho em equipe. O jogo auxilia no dia a dia e em outras disciplinas — afirma o professor.
O apreço dos alunos pelo jogo é tanto que a escola tem até uma monitoria de xadrez. Abraão Lincoln do Nascimento Vieira, de 18 anos, não dispensa a prática:
— O xadrez é muito especial. Quando morava em Brasília, eu já jogava e disputava campeonatos, tentando sempre ser o melhor. Nesta escola, tive a chance de jogar novamente. Posso dizer que faz parte da minha vida.
FONTE: Jornal O Globo – Rio
FOTO: Divulgação/Paulo Fernando
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